Leme Consultoria em RH
  • Início
  • Soluções
    • Gerir e Otimizar
      • Gestão do Desempenho
      • Avaliação de Desempenho
      • Gestão e Dimensionamento da força de trabalho
      • Pesquisa e Gestão de Clima
      • Planejamento Estratégico
    • Remunerar
      • Remuneração Estratégica
    • Capacitar
      • Educação continuada
      • Treinamentos
      • Mentorias
      • Trilhas
      • Assessment e Coaching
      • Biblioteca
    • Softwares para RH
      • Galera.app | Gestão de Pessoas
      • Tweezer | R&S
      • Suporte Técnico
  • Nós
  • Rogerio Leme
  • Blog
  • Contato

o roi e o rh

por Patricia Bispo | 17/07/2024

thumb-roi

Sempre ouvimos que o RH precisa ser estratégico, ser parceiro do negócio. Para que isso ocorra, no entanto, é fundamental que a área prove que suas ações refletirão positivamente no negócio. Um dos mecanismos que torna isso possível é o ROI (Return On Investment), que em português significa Retorno Sobre Investimento. O ROI ganha destaque para a área de Recursos Humanos porque consegue mensurar o percentual dos resultados, ou seja, tem o objetivo de calcular o dinheiro que entra e quanto sai em cada operação, identificando quais são os lucros e os prejuízos efetivos diante de cada investimento realizado. Na prática, o ROI é um KPI importante para o RH, pois auxilia no controle e otimização dos recursos financeiros do setor.

 
Para falar sobre a importância do ROI para a área de RH, a Leme entrevistou Jorge Jubilato, Diretor de RH da Rede de Farmácias São João. Com quase 30 anos de experiência na área, inclusive no Varejo, Jubilato já atuou em empresas como Grupo Carrefour, Fast Shop, Farmácia Pague Menos, C&C Casa e Construção, Roldão Atacadista, dentre outras.

“A única forma de o RH provar o seu valor é conseguir ter a habilidade de converter as suas entregas em resultados para a companhia e aí, medir o ROI das suas ações”, destaca Jorge Jubilato.

Ah, vale ressaltar que o diretor de RH da Rede de Farmácias São João é um dos convidados especiais da Leme Trends 2024, que acontece no período de 13 a 15 de agosto. Bora conferir esse texto que, sem dúvida alguma, é muito interessante para a área de RH!

Confira a entrevista na íntegra!

Leme:
Um dos grandes desafios da área de RH é se tornar um parceiro estratégico do negócio. De que forma o ROI pode contribuir para que esse “desejo” do RH se torne uma realidade?

JORGE JUBILATO:

Desde que comecei minha carreira no RH, há quase 30 anos, escuto que o RH tem que ser estratégico, parceiro do negócio. Eu acho isso muito engraçado, porque nenhuma outra área da empresa possui esse estereótipo. Ninguém fala que o Financeiro tem que ser estratégico, que o Marketing tem que ser estratégico, que o Compras tem que ser estratégico, mas o RH precisa ser. Isso se deve a uma lacuna que existe na área, de muitas vezes não conseguir tangibilizar as suas ações em resultados, de forma concreta. E o C-Level, principalmente os CEOs das empresas, querem saber de números, de resultados, quer saber o quanto as ações de RH estão ajudando a trazer retorno na última linha da empresa, ou seja, o que está ajudando a vender mais ou o que está ajudando em economizar despesas que irá contribuir para o resultado da organização. Então, para que o RH, de fato, se torne estratégico que é o jargão que sempre ouve falar, dominar as alavancas que são responsáveis por agregar resultados nas empresas é uma prerrogativa do RH. A parte boa nisso tudo, é que o resultado só acontece junto com as pessoas e toda a empresa vai precisar ter um RH atuante para fazer com que as pessoas se tornem mais produtivas, se tornem cada vez mais eficientes e efetivas naquilo que entregam para poder melhorar os resultados. Então, o cenário para nós é bastante favorável.

Leme:
Podemos afirmar que não há RH Estratégico sem o ROI?

JORGE JUBILATO:

Na minha opinião, sim. Não sei se isso é uma unanimidade dentre as lideranças de RH do Brasil, mas para mim a única forma de o RH provar o seu valor é conseguir ter a habilidade de converter as suas entregas em resultados para a companhia e aí, medir o ROI das suas ações. Se eu vou dar um treinamento, não me importa quantas horas treinadas as pessoas tiveram e sim, se eu tive um treinamento, o que eu mudei de comportamento, o que eu aprimorei de técnica e o quanto isso ajuda a pessoa a ser mais produtiva e entregar mais resultados. A mesma coisa para a Seleção. Não importa quantas pessoas contratei, se o currículo do indivíduo revela um profissional com experiência ou não. O que importa é se a pessoa contratada está conseguindo se integrar ao time e se está conseguindo entregar melhores resultados dos antecessores desta cadeira. A mesma coisa acontece com os processos de promoções internas, enfim, com as nossas estruturas de Cargos e Salários. Então, todas as ações de RH precisam ser mensuradas em resultados.

Leme:
Como deve ser feito o cálculo do RH aplicado ao RH? O que é indispensável?

JORGE JUBILATO:
O RH é um setor como qualquer outro setor da empresa. Então, primeiro começa através do desdobramento das metas corporativas. Por exemplo: o CEO tem a meta da empresa e trazendo para a minha realidade que é uma empresa de varejo, normalmente as metas do CEO estão ligadas à venda, à despesa, a NPS – Net Promoter Score, a alguma métrica de satisfação do cliente, ligadas a algum projeto importante que se queira implementar na companhia como uma pauta de ESG. Basicamente, por aí passam as principais metas da empresa. Então, é preciso desdobrar tudo isso para as demais áreas. Trazendo isso o RH, vamos ter que cuidar das despesas de pessoal da companhia, que para as empresas varejistas representam cerca de 60% a 70% das despesas totais da companhia, vai ter que cuidar da produtividade relacionada à eficiência e efetividade das equipes de vendas e também cuidar do NPS que é o atendimento. Isso tudo são gestões matriciais. Além disso, existem as metas do próprio RH, ou seja, a despesa do setor, os programas de formação que estão sendo realizados para melhorar o atendimento ao cliente, os programas de avaliação de performance que são estão sendo implementados para gerir o desempenho da companhia, revisão das estruturas das políticas de Cargos e Salários da estrutura organizacional ou políticas de recompensas. Então, alguns projetos vão fazer parte dessas metas que vão contribuir para o atingimento da meta organizacional. Isso vai depender muito do que baixou desse desdobramento do C-Level para as demais diretorias, mas não vai fugir de olhar despesas, não vai fugir de olhar venda, não vai fugir de implantar programas que ajudem a melhorar atendimento e produtividade.

Leme:
Que contribuições efetivas o ROI oferece à gestão do RH?

JORGE JUBILATO:
O ROI oferece uma grande oportunidade ao RH que é, de fato, provar seu valor. Quando você consegue dizer: “Olha, eu preciso de X reais, para investir em um programa de treinamento. Mas, esse treinamento vai ter um propósito de mudar comportamento, de melhorar questões técnicas, isso vai melhorar a efetividade, vai fazer com que as áreas melhorem o atingimento das suas metas, vai ajudar a vender mais, vai melhorar o NPS de atendimento ao cliente”. E depois você consegue mostrar tudo isso, você demonstra que tem a capacidade de fazer um bom diagnóstico de temas que fazem sentido para a Gestão de Pessoas da empresa e contribuir efetivamente, para que essa gestão seja mais efetiva e melhore os resultados.

Leme:
O senhor percebe que a área de RH sente dificuldades de aplicar o ROI na prática?

JORGE JUBILATO:
Sim, sinto. Exatamente, porque digamos que é complexo você apurar resultados de todas as ações de RH, porque existem muitas ações intangíveis. O meu ponto é o seguinte: independente da ação, a causa dessa ação tem que ser uma dor da organização que você precisa resolver e essa dor da organização está ligada a alguma lacuna no atingimento de uma meta. O RH precisa ter essa habilidade de identificar as lacunas que existem no atingimento das metas que são provocadas por temas de pessoas, ou seja, falta de conhecimento técnico, alguma habilidade comportamental que precisa ser alterada, algum projeto que tem que ser implementado, alguma análise de custo que tem que ser feita e aí, em cima disso, propor medidas que ajudem a organização a entregar os resultados. Isso requer, talvez, uma ferramenta de gestão, um raciocínio lógico, “um quê” de engenharia, de controladoria, de contabilidade, de finanças que, talvez, profissionais dessas áreas tenham isso de uma forma mais usual no dia a dia. Nas minha estruturas de RH sempre procuro implementar uma área que eu chamo de Planejamento e Performance de RH, que é uma área que reúno profissionais com essas características, que são profissionais que já têm experiência em controladoria, em finanças, que ajude a internalizar os sistemas de RH e simplificar a apuração desses resultados e a mensuração disso para a organização.

Leme:
Quais são os principais entraves que o RH encontra para utilizar o ROI a seu favor? 

JORGE JUBILATO:
Acredito que os entraves estão mais ligados ao perfil do profissional de RH. Temos que lembrar que o RH é muito diverso, pois temos pessoas da área de Administração, psicólogos, pessoas da Medicina de Segurança do Trabalho, engenheiros, contadores, então, você tem diversas formações acadêmicas que não encontramos nas demais áreas. Quem é de Marketing, estudou Marketing. Quem é de Finanças estudou finanças. Quem é de Operações estudou Vendas. Quem é de Compras estudou Comércio. Mas quem é de RH estudou “N” coisas. Acredito que essa pluralidade do RH ao mesmo tempo em que é muito boa para ajudar a trazer novas medidas e novas visões de pessoas com formações diferentes para agregar valor e ajudar a ter uma massa crítica maior para ser mais assertivo nas implementações dos projetos, ao mesmo tempo pode fazer com que não aterrisse essas questões de raciocínio lógico, mas de fatos e dados na mesa. Por isso, é importante ter a área que citei anteriormente.

Leme:
Que considerações o senhor faria ao RH em relação ao ROI?

JORGE JUBILATO:
Para mim, o excelente profissional de RH precisa equilibrar a efetividade na qual ele entrega resultados, então, toda essa sistemática que estamos tratando do ROI ajuda nessa efetividade, com a afetividade na qual trata as pessoas, pois não podemos esquecer que somos uma área de gente e como diz aquela célebre frase do Young, “Domine todas as técnicas, teorias e processos, mas ao tocar uma alma humana, seja sempre uma outra alma humana”. Acredito que essa é a grande “magia” da área de Recursos Humanos. É saber ter a competência para saber equilibrar essas duas esferas: a da efetividade das entregas com a afetividade no trato com as pessoas.

Quer descobrir as tendências e estratégias
mais quentes para RHs?

Gostou do artigo? Compartilhe!

Já é assinante do Papo de RH?

Receba em seu e-mail as informações mais completas com dicas práticas para você levar o seu RH para outro patamar!

Este material está licenciado pela Creative Commons – Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Permitida a reprodução do artigo desde que citada a fonte e/ou link. Contate-nos para autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em lemeconsultoria.com.br/faleconosco/.

Leme Consultoria

Siga-nos!

LinkedIn Instagram YouTube Facebook TikTok

Encontre-nos!

Endereço

Rua Senador Flaquer 877
10º andar, sala 103 - Centro
Santo André | São Paulo | BR
CEP: 09271-480 | Brasil

» Leme Consultoria
em Gestão de Rh Ltda.
CNPJ: 07.955.535/0001-65

Fale com a gente!

WhatsApp

(11) 97204-0101

Telefone

11 4401-1807
11 96908-6484

Atendimento

De segunda à sexta, das 8h30
às 18h, exceto feriados.

Links úteis

» Compliance, Conformidade
   e Política de Privacidade
» Suporte Técnico (TI) » Trabalhe conosco » Consultores » Mapa do site

Acesso rápido

InícioSoluçõesNósRogerio LemeBlogContatoProcurar

2024 © Leme Consultoria. Todos os Direitos Reservados. Proibida a reprodução total ou parcial sem a expressa autorização do proprietário.
Endereço fiscal: Rua Almirante Protógenes, 289, 12º Andar, Conjunto 122, Jardim, Santo André/SP - CEP 09090-760

plugins premium WordPress